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domingo, 13 de janeiro de 2013

SILÊNCIO



Nem sempre o silêncio cala.
Muitas vezes ele fala.
O silêncio grita e geme a dor que dói na alma.

O silêncio expressa-se até mesmo num olhar ou gesto.
É expresso num ato entre corpos.
O silêncio é leve e agrada,
mas também sabe ser como faca afiada.

O silêncio corrói as entranhas.
É uma dor tamanha.
O silêncio consente para o bem e também para o mal.

O silêncio é espaço vazio e não move moinhos.
O silêncio espera,
retrocede, desfalece...

O silêncio às vezes maltrata a alma,
mas também alegra e desfila em rios e velas da vida.
O silêncio está na vida e sua aquarela desmedida,
nas cores que pintam a vida.

O silêncio cala o silêncio.
Ele abafa nossos sentimentos mais reprimidos e insanos.
O silêncio desfaz muitos planos,
mobiliza, acalma e tranquiliza.

O silêncio tem duas vertentes:
Dois lados incoerentes.
É paz e também guerra.
É calado e silencia o tempo.
Emudece e aquieta o tempo...
Silêncio!

Ana Cristina  13/01/2013