Moribundo
oriundo do nada
no mundo
poço fundo
rio raso
sem ter onde me agarrar.
Estrada sem rumo
"desestrelado" é o céu que me cobre!
Descobre em mim a vergonha
cegonha de um eco vazio.
Sem visão
meus pés não tocam o chão
o descaso e a indiferença
são meus amigos
Ingratos!
O desprezo e a irrelevância
me conhecem bem.
Invisível
imperceptível
sem nome
sem riso
assim me vês!
Não broto nem floresço...
Me esqueço de ser...
Até o pranto em mim secou!
Já não sei quem sou...
Meu nome?
esqueci!
Ana Cristina, 21/07/2012