E a saudade?
Onde guardá-la
Onde escondê-la?
Onde abafá-la?
E a saudade que dói?
E a saudade que sorri?
E a saudade que insiste em lembrar...?
E a saudade que tenta lembrar de esquecer...?
E a saudade do que se sabe?
E a saudade do que não se vê?
A saudade do que se conhece?
E a saudade do que nem se conheceu?
E a saudade?
Não diga o que me machuca, não!
E a saudade?
Não me diga nada, apenas escute...
E a saudade?
Não espero nada em troca, não espero!
E a saudade?
Apenas escute o que sinto
Escute meu coração...
E a saudade?
Apenas suporte aquilo que com força a tempo agonizo...
E a saudade?
Apenas escute o meu silêncio...
Apenas silencie o meu grito...
Grito de dor
Grito de amor
Grito de horror
Grito de saudade
Grito de uma liberdade presa
Grito de uma prisão deliberadamente solta...
E a saudade?
Ela vai estar sempre aqui dentro...
No âmago das minhas emoções
Eterna e doce prisão
Ardente no coração...
E a saudade?
Ela vai estar sempre aqui dentro...
Armadilhas e grilhões do insensato coração...
E a saudade?
É o que ficou de alguém que partiu
Partiu e não levou tudo o que deveria...
E a saudade?
Vai estar sempre aqui... ali... assim... assim... aqui!
A saudade, que saudade!
Ana Cristina, 28/02/2014