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domingo, 5 de julho de 2015

FAGULHAS EN-FIM


En-fim, o fim
desconhecido conhecido
a mim se apresentou
fagulhas e lamúrias
rodopias em mim

Pensamentos em movimento
como um vento a bailar no tempo
tento pairar o calar
impossível

Ando e persisto no caminho
que já nem sei onde dará
incertezas... fraquezas...
onde estão as certezas?

Frio congelante, espumante frio
derrapante e alucinante cair
procuro me apoiar e percebo
que já não há levantar, padeço

A esperança espera acreditar em si mesma
agonizante, redundante, paralisada em seu eu
andante na surdina, congelante caminha
na linha invisível do não saber e do não prever
arrisca, petisca do improvável viver

Ana Cristina, 05/07/2015